Kevin Tancharoen fala do processo de filmagem, Scorpion vs. Sub-Zero - e de fatalities
Nesta terça-feira caiu na rede um misterioso vídeo de Mortal Kombat, intitulado Rebirth. Mais tarde se descobriu tratar-se de um curta dirigido por Kevin Tancharoen, diretor do remake de Fama, para atrair investidores para o possível reboot no cinema. Aos nossos parceiros do Collider, Tancharoen explica.
Veja o vídeo legendado:
"Eu já estava pensando nisso há tempos. Todo mundo sempre comentava a ideia de recomeçar Mortal Kombat no cinema. Chegou uma hora que eu tinha que fazer... Levou dois meses pra preparar e depois montar, e dois dias para rodar com duas câmeras Red - doadas por um grupo de amigos que acredita na causa. Rodamos no Lacey Street Studios num sábado e domingo e todo mundo se divertiu. Montei sozinho, e os efeitos visuais também foram colaborações de pessoas", começa Tancharoen. A brincadeira saiu por 7,5 mil dólares.
"Sei que há muitos puristas com suas opiniões sobre a mitologia de Mortal Kombat. Mas tenho uma resposta para eles: este é só um prólogo do que o meu longa-metragem será", adianta-se. Em seguida, Tancharoen diz que o estúdio não sabia do filmete: "Isso foi algo que fiz totalmente por conta própria. Mas tem uma certa conexão, porque sou amigo de Oren Uziel [roteirista contratado em janeiro para escrever o longa]. Eu só telefonei pra ele, disse o que estava fazendo, e então começamos a fazer storyboards juntos. Eu adoraria se a Warner Bros. aceitasse fazer essa minha versão. Num longa, o misticismo de Mortal Kombat estaria lá, mas feito com bom gosto, sem ser cafona ou exagerado".
O diretor detalha melhor: "É preciso haver regras. Quero colocar bolas de fogo e raios, mas tem que ter alguma limitação, não dá pra ser um estoque ilimitado de golpes especiais. Eu sempre uso a analogia de Matrix. Só gosto do primeiro porque havia riscos e Neo tinha que superar obstáculos pessoais. A partir do momento em que ele usa uma barra de ferro para bater em 8 mil Smiths, pra mim já não era algo real. Eu pretendo inserir no filme uma presença demoníaca, não só um misticismo asiático, pra que pareça algo mais maligno. Mortal Kombat sempre foi isso, optar pela rebeldia, pelo sangue. Era para moleques de 12 anos que não queriam jogar Sonic".
Sobre a possível trama: "Eu amo Liu Kang, mas ele já foi usado no primeiro e no segundo filme. Ele estaria no meu torneio, mas eu não o acompanharia como protagonista. Como todo mundo, gosto mais de Sub-Zero e Scorpion, e acho uma pena que a rivalidade dos dois não tenha sido melhor elaborada. Pra mim não há nada melhor do que uma boa rivalidade e uma história de vingança. Eu queria [no curta] usar Scorpion porque ele talvez seja o lutador mais icônico. Eu queria pegar o cara mau e fazer dele um dos protagonistas. E acho que Jax tem esse elemento realista. Eu adoraria saber como ele conseguiu os braços de metal. Eu queria usar os tipos mais icônicos mas não os exagerados. Eu teria usado Kabal, mas não Cyrax. Stryker também é interessante. Eu definitivamente exploraria Kitana e Kung Lao".
"A questão nos primeiros filmes era o público - não dava para fazer os fatalities direito. No fliperama, a gente vibrava quando alguém sabia soltar um fatality. Eu gostaria de incorporar bastante isso. Eu voltaria aos jogos 1, 2 e 3 pra pegar aqueles fatalities. Eu inseriria no torneio de uma forma orgânica. E as presenças de Jax e Sonya são importantes porque, no game, Jax é parte da unidade especial que investiga com o programa Outworld. É importante ter um personagem do mundo real ali, pra nos conduzir naquele universo. E Scorpion não deixaria de ser o vilão. Ele só quer saber de pegar Sub-Zero."
Feita a autopromoção, Tancharoen fala de projetos mais concretos. "Estou desenvolvendo duas ou três outras coisas. Está naquela fase em que não posso revelar. Devo divulgar dentro de dois meses", completa.
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